EUA podem anunciar novas sanções ao Brasil já na próxima semana, aponta análise

EUA podem anunciar novas sanções ao Brasil já na próxima semana, aponta análise

As medidas, em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, podem variar de restrições de vistos a sanções financeiras mais severas, dependendo do envolvimento do ex-presidente Donald Trump.



Porto Velho RO – O governo dos Estados Unidos pode anunciar já na próxima semana um novo pacote de sanções contra o Brasil, em reação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A análise é de Jana Nelson, ex-subsecretária de Defesa dos Estados Unidos e especialista em política externa, que traçou os possíveis cenários de retaliação.

As potenciais sanções surgem em um momento de sensível tensão diplomática entre os dois países, agravada por uma série de decisões recentes do STF que foram criticadas por setores do Congresso americano.



De acordo com Nelson, a Casa Branca estaria considerando três caminhos principais de ação, que variam em gravidade e impacto:

1. Restrições de Vistos: A medida considerada mais simples e provável envolveria a imposição de restrições de vistos para autoridades brasileiras diretamente ligadas ao caso. Isso impediria a entrada dessas pessoas em território americano.

2. Sanções Financeiras Diretas: Um segundo cenário, mais severo, replicaria medidas já aplicadas contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, congelando quaisquer ativos financeiros que as autoridades-alvo possuam nos Estados Unidos e proibindo cidadãos americanos de negociar com elas.

3. Obrigatoriedade Bancária: O cenário mais grave, segundo Nelson, forçaria instituições financeiras com operações nos EUA – incluindo grandes bancos brasileiros como o Banco do Brasil – a implementar e cumprir as sanções. Até o momento, a especialista avalia que tais instituições não foram compelidas a agir devido a uma "base jurídica débil" das sanções já existentes, que um novo movimento poderia fortalecer.

Contexto Político Complexo

Nelson ressalta que a agenda política em Washington está momentaneamente impactada pelo assassinato de Charlie Kirk, um ativista conservador, o que pode ter atrasado a tomada de decisões. No entanto, a análise indica que o aparato de segurança nacional americano está se preparando para todas as possibilidades.

Um fator crucial para a escalada ou não das medidas será o nível de atenção que o ex-presidente Donald Trump dedicar à situação brasileira. Trump, que mantém forte influência dentro do Partido Republicano, tem sido um dos principais vocalizadores das críticas ao Judiciário brasileiro e um potencial defensor de sanções mais duras.

A decisão final sobre qual rumo tomar será, portanto, profundamente influenciada pelo cenário político doméstico dos Estados Unidos, equilibrando a pressão de aliados de Trump e a avaliação estratégica do governo Biden sobre a relação com o Brasil.


Fonte Redação






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