ELEIÇÕES 2026 – Capital já tem quatro pré-candidatos ao governo do Estado

ELEIÇÕES 2026 – Capital já tem quatro pré-candidatos ao governo do Estado



Porto Velho, RO - Um dos assuntos predominantes da semana é o lançamento, não oficial, da pré-candidatura do coronel Régis Braguin a governador de Rondônia. Braguin assumiu o comando da Polícia Militar (PM) em setembro de 2023 (no dia 4 completará dois anos) e, desde então, vem realizando um bom trabalho no combate ao crime e à marginalidade.

A violência e a criminalidade no Estado são sérios problemas. A situação é crítica na capital e no interior, onde ocorrem crimes com regularidade, a maioria — ou quase a totalidade — envolvendo facções que agem de forma crescente. O problema não é exclusivo de Rondônia, mas de todo o País.

Desde a sua posse, Braguin vem realizando um trabalho eficiente. As ações ostensivas e preventivas vêm sendo aplicadas com regularidade, mas nem sempre com sucesso. A polícia prende e, após as audiências de custódia, as pessoas são liberadas e retornam à criminalidade.

O diferencial na política regional é a informação recente de que Braguin aparece bem cotado em pesquisas de opinião pública sobre a sucessão estadual nas eleições gerais de 2026. Está sempre entre os mais bem avaliados pelos entrevistados, provavelmente reflexo do bom trabalho que realiza no comando da PM.

As eleições de outubro do próximo ano (13 meses e um dia) parecem distantes, mas já movimentam intensamente os bastidores da política. Além de envolver o cargo executivo mais importante do Estado, teremos eleições para a Assembleia Legislativa, Câmara Federal, Senado (duas das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal) e presidente da República.

A lista de prováveis candidatos a governador é extensa e vem crescendo. O vice-governador Sérgio Gonçalves (UB) deverá assumir o cargo de governador em abril do próximo ano, pois o governador Marcos Rocha, presidente do União, é pré-candidato a senador e terá que renunciar seis meses antes. Sérgio já foi anunciado pelo presidente nacional Antônio Rueda, do agora União Progressista, como pré-candidato da federação formada pela união do União Brasil e Partido Progressista, criando a sigla UPB em 2026.

O deputado federal mais votado de Rondônia em 2022 (85.596 votos), Fernando Máximo, eleito pelo União Brasil, mas com o pé no Podemos, presidido em Rondônia pelo prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, já está em pré-campanha a governador e busca um vice que seja bom de voto no interior. Máximo é um nome de destaque para as eleições de 2026 no Estado.

O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, presidente estadual do PSDB, desde sua saída da prefeitura em janeiro deste ano, vem formatando sua pré-candidatura a governador. Deixou a prefeitura muito bem avaliado após dois mandatos seguidos, com mais de 80% de aprovação popular, segundo pesquisas. Assim como Máximo, se conseguir um bom vice no interior, tem grandes chances de se eleger governador nas eleições de outubro do próximo ano.

Pesquisas de sites noticiosos realizadas durante a semana colocaram o coronel Régis Braguin como nome expressivo para concorrer à sucessão do governador Marcos Rocha no próximo ano. É um nome novo, com domicílio eleitoral na capital. Caso Braguin seja efetivado como pré-candidato, Hildon e Máximo perderão força no colégio eleitoral de Porto Velho, o maior do Estado, que contou com mais de 360 mil eleitores em 2024.

Não há como ignorar a pré-candidatura de Sérgio Gonçalves. Ele terá a “máquina” administrativa do Estado em mãos e, caso saiba usá-la com critério e coerência, será um nome com amplas chances de disputar o segundo turno. Com o atual quadro de postulantes à sucessão estadual, não há mínima chance de eleição no primeiro turno.

Candidato do interior, o prefeito reeleito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), com mais de 83% dos votos válidos, já declarou publicamente que é pré-candidato à sucessão estadual. Ao contrário de Hildon e Máximo, Fúria precisa de um vice que seja bom de voto em Porto Velho para somar ao seu potencial no interior, especialmente na região polarizada por Cacoal.

O ex-prefeito de Rolim de Moura, ex-governador e ex-senador Ivo Cassol (PP), nome sempre lembrado quando o assunto é sucessão estadual, estaria fora da disputa do próximo ano. Está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, caso o Senado não aprove mudanças no prazo de inelegibilidade — que o favoreceriam —, está praticamente fora da disputa. A proposta foi retirada de pauta esta semana e, para valer em 2026, teria que ser aprovada e sancionada um ano antes. Como outubro está próximo, as chances de Cassol e outros políticos enquadrados na Ficha Limpa concorrerem são mínimas.

O interior também tem o senador Marcos Rogério, presidente do PL em Rondônia, como opção para candidatura a governador. Ele concorreu em 2022, chegou ao segundo turno como favorito contra Marcos Rocha, que foi reeleito. O caminho mais provável para Rogério é buscar a reeleição.

Também não está descartada uma pré-candidatura do prefeito reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), com mais de 74% dos votos válidos, superando uma adversária difícil, Raquel Donadon, de família tradicional na política regional. Uma candidatura a vice de Máximo também não está descartada.

O senador Confúcio Moura, presidente do MDB em Rondônia, é político muito ligado ao presidente Lula da Silva (PT). Isso ficou evidente na recente visita do líder petista a Rondônia, quando ele cedeu parte de seu discurso a Confúcio, que já foi prefeito de Ariquemes em mais de uma ocasião, deputado federal, governador em dois mandatos seguidos e atualmente é senador.

Há quem aposte que Confúcio e Lula têm planos mais ousados, e não seria uma candidatura a governador nem a reeleição ao Senado.

O que não se comenta nos bastidores da política, seja na capital ou no interior, é uma candidatura de esquerda liderada pelo PT. Nomes em potencial existem, como a ex-senadora Fátima Cleide, que somou mais de 25 mil votos em 2022 e foi a quinta mais votada, mas não se elegeu devido ao quociente eleitoral.

O ex-presidente regional do PT, Anselmo de Jesus, ex-deputado federal e pai da única representante do partido na Assembleia Legislativa (ALE), deputada Cláudia de Jesus, é um nome de expressão estadual e respeitado no partido. Contudo, não há movimentação concreta sobre uma candidatura a governador em 2026.

Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
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