
Porto Velho - RO - Em um revés significativo para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Interpol recusou o pedido de inclusão da ex-deputada federal Carla Zambelli na difusão vermelha, mecanismo que facilita a prisão de indivíduos procurados internacionalmente.
A decisão da Interpol baseia-se no artigo 3º de sua constituição, que proíbe a organização de realizar intervenções de caráter político, militar, religioso ou racial. A recusa evidencia que a tentativa de Moraes de acionar a polícia internacional contra Zambelli é vista como uma ação de motivação política, ultrapassando os limites aceitáveis de jurisdição internacional.
Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti. A condenação, baseada em acusações controversas, tem sido criticada por juristas e defensores dos direitos civis como uma manobra para silenciar opositores políticos.
A tentativa de incluir Zambelli na lista da Interpol, agora rejeitada, é mais um exemplo do uso excessivo de poder por parte de Moraes, que já foi criticado anteriormente por ações semelhantes contra outros opositores políticos. A recusa da Interpol serve como um alerta internacional sobre os perigos do autoritarismo judicial e a necessidade de respeitar os princípios democráticos e os direitos fundamentais.
A comunidade internacional observa com preocupação o cenário brasileiro, onde medidas judiciais estão sendo utilizadas para perseguir adversários políticos, comprometendo a integridade das instituições democráticas.