Governo fomenta cultura do inhame em Rondônia com assistência técnica da Emater

Governo fomenta cultura do inhame em Rondônia com assistência técnica da Emater



Produção de cará está se expandido além da região da BR-429, em Rondônia

O Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), tem trabalhado no fomento da cultura do cará no estado. Do eixo da rodovia BR-429, local onde concentra-se a maior produção, o cultivo já se espalha em plantios nas regiões do Abunã, distrito de Porto Velho, e do Vale do Jamari. Sua safra em grande parte é vendida para a região Nordeste brasileira.

Segundo a Emater, o cará rondoniense abastece comerciantes da Região Nordeste, principalmente no período de entressafra nos estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. A raiz é utilizada, inclusive, para cumprir compromissos regulares de exportação a alguns países europeus e aos Estados Unidos.

Conforme a Emater, a realidade desse tubérculo em Rondônia evidencia o crescimento da área plantada. Segundo o engenheiro agrônomo José Edny de Lima Ramos, no ano passado, foram colhidas 15,1 mil toneladas.

A área plantada com esse tubérculo cresceu, alcançando 798 hectares em 2020, quando foram colhidas 15,1 mil toneladas, informa o agrônomo.

Conforme o levantamento realizado pela Emater, Machadinho d’Oeste e São Francisco do Guaporé têm 150 hectares de lavouras de inhame, cada um; São Miguel do Guaporé e Seringueiras, 100 ha cada; Alto Paraíso, 79 ha; Theobroma, 26 ha; Guajará-Mirim, 23 ha; Costa Marques, 20 ha. São os principais produtores.

O trabalho de orientação e assistência realizado pela Emater aos produtores estão refletindo em resultados positivos, principalmente para pequenos agricultores cuja mão de obra se limita à família. Apesar da pandemia de covid-19, o governo de Rondônia deu continuidade ao fomento e disseminação do cultivo do inhame no estado.

CARÁ x INHAME

De acordo com o engenheiro agrônomo José Edny de Lima Ramos, há anos a população consumidora trata o cará e o inhame como se fossem o mesmo alimento.

De fato, eles são bem parecidos, mas a predominância em Rondônia, segundo ele, é o cará mais “cabeçudo”. Das espécies, o branco e o roxo são muito cultivados no estado. O cará pertence a família Dioscoreaceae, que inclui cerca de seis gêneros e 870 espécies.

COMÉRCIO
O cará atraiu o interesse de produtores familiares, justamente, por causa da maior lucratividade em pequenas áreas, aliado à abertura de novos mercados consumidores. Semanalmente, a Emater realiza uma pesquisa de preços pelo Sistema de Gerenciamento da Entidade. No início de agosto, a cotação variava entre R$ 1,90 o quilo em Alvorada do Oeste, R$ 2,60 em Cabixi, R$ 3,60 em Pimenta Bueno, e R$ 3,80 em Cerejeiras.

Segundo o biólogo Ricardo Couto, gerente de conservação da Secretara Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, há três novas espécies de Dioscoreas, popularmente conhecidas como “cará”, na Região Sudeste, e “inhame” em outras partes do país.
“Apesar de o Brasil abrigar o maior número de espécies de Dioscoreas, aproximadamente 150, apenas o cará-roxo da Amazônia é consumido de forma sistemática; as outras duas espécies comercializadas são de origem asiática e africana”, ele comentou.



Produtores aram a terra para a plantação de cará

Para Luciano Brandão, diretor-presidente da Emater, o inhame tem atraído a atenção dos produtores familiares há algum tempo, devido sua maior lucratividade em pequenas áreas, aliado à abertura de novos mercados consumidores. “Isso é muito importante, porque nosso produto está conquistando novos espaços no mercado”, salientou.
SAIBA MAIS

∎ O inhame é um dos tubérculos que fazem parte de diversas receitas dos brasileiros. As cores do alimento variam. Ele pode ser encontrado nas tonalidades marfim, amarela e roxa. É pequeno, robusto e do tamanho de uma batata-doce. Sua casca é marrom e cheia de fiapos. O que lhe falta em beleza sobra em nutrientes importantes para o organismo.

∎ O tubérculo fornece bastante energia e cada 100g contém 97 calorias. É composto principalmente de carboidratos complexos e fibras solúveis. Uma excelente fonte de vitaminas do complexo B, como vitamina B6, vitamina B1, riboflavina, ácido fólico e niacina. Ele também contém uma boa quantidade de antioxidantes e vitamina C. Já em relação aos minerais, o inhame possui cobre, potássio, ferro, magnésio, cálcio e fósforo.

Fonte: Secom
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