Senador Jaime Bagatolli rebate Ivo Cassol: “Não sou falso moralista e não devo meu mandato a você”

Senador Jaime Bagatolli rebate Ivo Cassol: “Não sou falso moralista e não devo meu mandato a você”

Senador Jaime Bagatolli (PL-RO) responde a Ivo Cassol (PP-RO) após ser chamado de “falso moralista” e contesta que seu mandato dependa do ex-governador. Em fala dura, Bagatolli cita PLP 192/2023, defende Bolsonaro, lista emendas para Rondônia e pede que eleitores rejeitem candidatos com histórico de corrupção em 2026.

Porto Velho, RO
- O clima político em Rondônia esquentou após o ex-governador Ivo Cassol (PP-RO) chamar o senador Jaime Bagatolli (PL-RO) de “falso moralista” e atribuir a si a eleição do parlamentar.

Em resposta firme, Bagatolli negou dependência política de Cassol, defendeu seu posicionamento no PLP 192/2023 e ressaltou sua atuação no Senado.

Principais pontos da resposta de Bagatolli:

Sobre o PLP 192/2023: O senador afirmou que mencionou os casos de Ivo Cassol e de Acir Gurgacz como “atípicos”, mas que seu voto não visaria beneficiar políticos que, segundo ele, cometeram corrupção.

Acusação de “falso moralista”: “Ivo Cassol, você foi muito infeliz nas suas palavras. O senador Jaime Bagatolli não é um falso moralista”, disse, rebatendo a crítica.

Independência política: “Eu sou senador, não é por causa de você, Ivo Cassol. Você não me ajudou em nada”, afirmou, creditando sua entrada no PL a lideranças locais de Cacoal, citando Popó e Ademarzinho.

Disputa eleitoral: Bagatolli disse que venceu a irmã de Cassol “inclusive na sua cidade” e chamou de “mentira” a afirmação de que não teria votos para o Senado.

Defesa de Bolsonaro: O senador declarou gratidão e admiração ao ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que a situação dele “não tem nada a ver com corrupção” e é “uma das injustiças” do país, sem relação com o PLP em debate.

Emendas para Rondônia: Bagatolli afirmou ter destinado quase R$ 130 milhões em emendas aos 52 municípios do estado, com foco em saúde, educação, infraestrutura e segurança, destacando que isso “é direito do povo”.

Respeito e história: Pediu respeito à sua família e disse ter “50 anos de Rondônia”, reconhecendo o papel dos pioneiros e dos trabalhadores que construíram o estado, citando a Madeira-Mamoré e a imigração de várias regiões do país.

Agenda no Senado: Anunciou homenagem no dia 8, às 10h, no Senado, concedendo o título “Ouro ao Mérito” a Assis Canuto, por serviços à reforma agrária e ao Incra em Rondônia.

Críticas ao STF e à “ficha suja”: Disse que o Congresso enfrenta obstáculos por conta da corrupção e de parlamentares “com rabo preso”. Afirmou não ter medo de ministros do STF, defendeu o impeachment de Alexandre de Moraes e lembrou sua participação no trancamento de pautas por dois dias no Senado.

Mensagem para 2026: Pediu que os eleitores pesquisem os candidatos e rejeitem nomes “envolvidos com corrupção”, especialmente para o Senado.

A troca de acusações ocorre em meio à prévia movimentação eleitoral para 2026 em Rondônia. A fala de Bagatolli procura descolar sua trajetória da influência de Ivo Cassol, reforçar sua base bolsonarista e apresentar entregas por meio de emendas parlamentares. Do outro lado, a crítica de Cassol tenta enquadrar o senador como beneficiário político e “falso moralista”, o que intensificou a disputa de narrativas no campo conservador do estado.

O que observar a partir de agora:

Possível nova resposta de Ivo Cassol.
Detalhamento das emendas citadas por Bagatolli e seus impactos nos municípios.
Repercussão da homenagem a Assis Canuto no Senado.
Efeitos da fala sobre alianças locais rumo a 2026.



Fonte: O Observador
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