Pré-candidatos à sucessão estadual em Rondônia aceleram articulações

Pré-candidatos à sucessão estadual em Rondônia aceleram articulações

Pré-candidatos, dirigentes e lideranças da capital e do interior buscam nomes e parcerias para 2026

PORTO VELHO (RO) - Vendavais pelo interior, em razão da chegada do Verão Amazônico (seca durante meses), vereadores eleitos em 2024 perdendo o cargo devido à fraude na aplicação da cota de gênero, violência crescente nas ruas da capital e do interior com execuções constantes e outros acontecimentos predominam no noticiário regional. Mas, nas últimas semanas, os comentários políticos em relação às eleições gerais (presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado de cada Estado e Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) predominam no noticiário regional.

E não poderia ser diferente, pois já existe uma plêiade de pré-candidatos à sucessão estadual e ao Senado, em que nomes considerados em condições de sucesso nas urnas são ventilados em noticiário e publicações de pesquisas por institutos especializados. Quem frequenta os bastidores da política sabe da enorme mobilização em torno de nomes de políticos em condições de enfrentar as urnas no próximo ano com enormes possibilidades de sucesso.

Com domicílio eleitoral em Porto Velho, temos nomes expressivos que enfrentaram as urnas em eleições anteriores e foram bem-sucedidos. Um deles é o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, presidente regional do PSDB, que deixou a prefeitura em janeiro deste ano, após dois mandatos seguidos com elevado índice de aprovação, acima de 80%, segundo pesquisas da época.

Hildon também é presidente da Associação dos Municípios de Rondônia (Arom) e, desde que deixou o cargo de prefeito, vem trabalhando seu nome para a sucessão estadual. É um pré-candidato com amplas condições de conseguir o objetivo, desde que consiga um bom vice do interior.

O deputado federal Fernando Máximo, do União, partido que recentemente firmou parceria com o PP, formando a Federação União Progressista, há tempo trabalha em uma candidatura a governador. Inclusive, vem “apanhando” por parte da mídia regional, o que faz parte do jogo político, pois não há como sair na chuva sem se molhar.

Máximo também depende de um bom nome para vice do interior. Nas eleições de 2022, foi eleito com 85.596 votos, o mais bem votado deputado federal no Estado.

Ainda da capital, há o vice-governador Sérgio Gonçalves (União), que deverá assumir a titularidade em abril do próximo ano, porque o governador Marcos Rocha, concorrendo ao Senado, terá que renunciar seis meses antes das Eleições 2026. Sérgio é pré-candidato e, com a “máquina” governamental em mãos, caso saiba usá-la sem abusos, poderá ter sucesso. A exemplo dos demais pré-candidatos, precisa de um vice do interior que seja bom de voto.

No interior, o grupo de pretendentes ao cargo de governador também tem que ser considerado. Desde o primeiro mandato de Rocha, o interior não consegue mais ter a supremacia política de eleger um governador. Em 1995, Valdir Raupp (MDB) assumiu o governo, cargo que passou por Ivo Cassol, na época no PSDB, hoje no PP, e Confúcio Moura (MDB), ambos com dois mandatos seguidos. Antes, o governador foi Oswaldo Piana (PTR) e a capital só retornou ao cargo máximo do Poder Executivo estadual com Rocha, que está no segundo mandato seguido. Agora, o interior quer a hegemonia de volta.

Quem mais está se movimentando para concorrer à sucessão estadual é o prefeito reeleito de Cacoal, com mais de 83% dos votos válidos. Ao contrário dos pré-candidatos da capital, Fúria precisa de um vice “bom de votos” de Porto Velho. Ao menos, é a lógica da política.

O interior tem mais dois nomes com significativo poder de votos, ambos já comprovados nas urnas em eleições a prefeito, governador e senador: Confúcio Moura, presidente regional do MDB, que também foi deputado federal, e Ivo Cassol, do PP, que depende de modificações na Lei da Ficha Limpa, aprovadas pelo Senado e que esperam pela sanção do presidente Lula da Silva (PT), para poder concorrer em 2026. Mas há controvérsias sobre sua elegibilidade.

O senador Marcos Rogério, que já concorreu em 2022, disputou o segundo turno com Marcos Rocha na condição de favorito, mas foi derrotado, deverá disputar a reeleição. Ele preside o PL no Estado e, caso reúna a maior parte dos bolsonaristas, tem muitas chances de conseguir mais um mandato, missão que não seria das mais fáceis na disputa da sucessão estadual.

Não há como desconsiderar a recente declaração do presidente regional do Podemos, Leo Moraes, prefeito de Porto Velho, que se elegeu no segundo turno em uma eleição considerada histórica, devido à adversária, ex-deputada federal e vereadora da capital, Mariana Carvalho (União Brasil), que tinha vencido o primeiro turno com mais de 44% dos votos válidos. Leo foi vitorioso no segundo turno com mais de 56% dos válidos e Mariana praticamente repetiu os 43% do primeiro turno e chegou a afirmar que o prefeito reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro, do seu partido, poderá entrar na disputa da sucessão estadual.

As eleições 2026 estão distantes? Sim. Ou não. Faltam menos de 13 meses, mas a mobilização de dirigentes partidários e prováveis candidatos nos bastidores é intensa. Também é necessário destacar que, na janela partidária do próximo ano, pelo que se constata nos bastidores, teremos muitos políticos, principalmente deputados, trocando de sigla partidária, aproveitando a brecha na legislação eleitoral.

Por isso, o exercício da política é contagiante e, como já dizia o ex-governador de Minas Gerais Magalhães Pinto: “é como nuvem, a gente olha, está de um jeito; olha de novo e ela já mudou”.

Fonte:Rondoniadinamica.com
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