
Porto Velho RO - Enquanto atos em capitais como São Paulo, Rio e Brasília mobilizaram milhares de pessoas, protesto em Porto Velho (RO) teve baixa adesão, refletindo a disparidade da mobilização pelo país.
O domingo, 21 de maio, foi marcado por uma série de manifestações contra a anistia aos participantes dos atos 8 de janeiro e a chamada PEC da Blindagem. A convocação, feita por partidos de oposição e movimentos sociais, teve adesão expressiva em várias capitais, mas a intensidade dos protestos variou significativamente pelo país.
O ponto alto dos atos ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo, onde manifestantes estenderam uma gigantesca bandeira do Brasil. O símbolo foi utilizado para disputar o significado do patriotismo e reforçar a defesa da democracia, em contraponto a grupos bolsonaristas que também usam as cores nacionais. Cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília também registraram protestos com centenas de participantes.
Contraste na Adesão
Entretanto, a mobilização não se repetiu com a mesma intensidade em todos os estados. Na capital de Rondônia, Porto Velho, a manifestação teve baixa adesão de público, considerado um "furo" ou "flop" pelos padrões de mobilização nacional, de acordo com observadores locais. Imagens e relatos das redes sociais mostraram um grupo reduzido de manifestantes, contrastando com as aglomerações vistas em outras regiões.
Esse contraste evidencia os diferentes estágios de mobilização da oposição aos projetos apoiados por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto em alguns estados a pauta conseguiu atrair um público significativo, em outros, como Rondônia – um reduto bolsonarista –, a capacidade de mobilização dos grupos contrários à anistia e à PEC foi limitada.
O Eixo das Manifestações
Os protestos bem-sucedidos centraram suas críticas em duas frentes:
1. Anistia aos Golpistas: Projetos que buscam anistiar envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, vista pelos manifestantes como uma recompensa àqueles que tentaram subverter a ordem democrática.
2. PEC da Blindagem: A proposta (PEC 45/2023) que dificultaria condenações de autoridades após decisões de segunda instância, interpretada como um mecanismo de impunidade.
Os atos são uma resposta direta às manifestações pró-Bolsonaro realizadas uma semana antes e buscam pressionar o Congresso a rejeitar as duas propostas. A disparidade na adesão entre as cidades, no entanto, mostra que a polarização política no país segue com força desigual em diferentes regiões.
Fonte Redaçao