“O Brasil não aguenta mais o Lula”, dispara Tarcísio ao criticar “picuinhas” do presidente

Governador de São Paulo é apontado como o nome mais forte da oposição para disputar a sucessão presidencial em 2026. (Foto: Sebastião Moreira/EFE).

Porto Velho, RO - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo, disparou fortes críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta (13) afirmando que “o Brasil não aguenta” mais a gestão dele e do PT. O político ainda afirmou que o petista fica gastando energia com “picuinhas”, como a questão das emendas parlamentares.

A crítica de Tarcísio foi feita durante um evento de um banco em São Paulo e teve o coro de governadores aliados a ele, como Ronaldo Caiado (União-GO), de Goiás, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSDB-RS), do Rio Grande do Sul. Para ele, o Brasil está discutindo “a mesma pessoa” há 40 anos.

“O Brasil não aguenta mais excesso de gasto. O Brasil não aguenta mais, não tolera mais aumento de imposto. O Brasil não aguenta mais corrupção. O Brasil não aguenta mais o PT. O Brasil não aguenta mais o Lula”, disparou.

Tarcísio é o nome mais cotado pela oposição para herdar o capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela presidência da República em 2026, caso o ex-presidente siga inelegível. No entanto, Caiado e Ratinho Jr. também estão com os nomes postos à mesa.

“É preciso falar dessa safra de governadores. Nós não precisamos mais da mentalidade atrasada, da mentalidade de 20 anos atrás”, completou.

Ele ainda citou o que considera como soluções que deveriam ser adotadas para resolver a crise fiscal brasileira, como a reforma orçamentária – que ele considera haver “rigidez” –, a desvinculação de receitas, reforma de benefícios tributários e baixa qualidade dos gastos do governo. Ele considera que o governo “inventa despesas” e “joga dinheiro fora”.

Ainda durante o discurso no evento, Tarcísio de Freitas criticou o que chama de “ciranda” e “picuinhas” que o governo petista gasta energia, na visão dele.

“Tem um problema das emendas etc. Estamos falando de quanto? Uma discussão de R$ 40 a R$ 50 bilhões, no universo de quê? R$ 3,35 trilhões? E gastamos energia com isso por conta de um orçamento absolutamente vinculado. [...] O mundo está de portas abertas para o Brasil, e nós, aqui, andando numa ciranda e discutindo picuinha”, disse.

O governador de São Paulo também criticou o discurso do governo de divisão da sociedade, que ganhou mais ênfase no mês passado após o Congresso derrubar o aumento do IOF, e que acabou sendo levado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na época, aliados de Lula levantaram a bandeira de que haveria um conflito entre pobres e interesses dos mais ricos no país.

“A gente não fortalece o fraco, enfraquecendo o forte. A gente não fortalece o empregado, enfraquecendo o empregador. A gente não pode promover a divisão. Se a gente ajustar as alavancas direitinho, a gente vai dar um salto. Vamos caminhar em direção à nossa vocação que é ser grande”, disse.

Tarcísio de Freitas emendou afirmando que “a gente já fez grandes coisas, é só trocar o piloto que o carro é bom pra caramba”.


A mais recente pesquisa da Quaest para a sucessão presidencial, realizada em meados de julho, mostrou Tarcísio empatado tecnicamente com Lula em uma eventual disputa de segundo turno em 2026. O petista aparece com 41% das intenções de voto contra 37% do governador. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ambos aparecem empatados no limite numérico.

A pesquisa, no entanto, mostrou uma queda de Tarcísio na comparação com a pesquisa anterior, quando ele tinha 40% das intenções de voto. Oficialmente, ele descarta a candidatura ao governo federal, afirmando que pretende disputar a reeleição no estado.

Fonte: Por Guilherme Grandi
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