“Não vamos sair daqui até impichar Moraes”, diz Bagattoli ao ocupar mesa do Congresso e citar Deus em tom de últimato

Senador de Rondônia engrossa protesto contra prisão de Bolsonaro, exige anistia aos presos do 8 de janeiro e promete não recuar: "Deus está conosco".

Porto Velho, RO
– Nesta terça-feira, 04, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) aderiu publicamente ao grupo de parlamentares que ocupou a mesa diretora do Congresso Nacional, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou, na segunda-feira, 04, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bagattoli justificou a ação alegando esgotamento dos mecanismos formais de atuação parlamentar. “Nós sentamos todos os instrumentos legislativos, tudo. Não nos restou outra alternativa, senão ocupar a mesa e exigir desta casa uma resposta”, afirmou.

Durante seu discurso, o senador classificou a medida judicial contra Bolsonaro como um “extremo” e afirmou que os manifestantes não deixarão o plenário. “Essa situação desse extremo que chegou, não era para ter acontecido isso. Nós agora, senadores, assumindo a mesa aqui, não vamos sair daqui, não vamos desistir”, declarou.

Bagattoli também mencionou o caso de Marcos do Val e defendeu a votação de propostas que, segundo ele, estariam sendo ignoradas pela presidência do Senado.

“Depois dessa última investida, do ministro Alexandre de Moraes, com a prisão domiciliar do nosso presidente Bolsonaro, com essa situação do Marcos Durval, nós temos que votar a PEC do fim do foro privilegiado”, disse.

Além disso, o senador defendeu o impeachment de Moraes. “Nós precisamos impidimar o senhor Alexandre de Moraes. Ele foi, esse ministro foi ao extremo”, alegou. Em sua avaliação, há uma cobrança nacional pela atuação mais firme do Senado. “O Brasil está aclamando. O Brasil está cobrando do Senado. Hoje, se você fizer uma pesquisa, a aclamação é uma só, todos dizendo que o Senado não está fazendo o seu papel”, afirmou.

O parlamentar citou decisões anteriores do STF que, segundo ele, contrariaram deliberações do Legislativo. “É verdade, nós votamos o Marco Temporal, quem decidiu foi o Judiciário. Nós votamos aquela questão do IOF, quem terminou de decidir também foi o Supremo Tribunal Federal”, criticou.

Dirigindo-se diretamente ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bagattoli cobrou a tramitação de outras pautas. “Nós precisamos conversar, dialogar com o nosso presidente Davi Alcolumbre.

O Davi Alcolumbre, ele vai ter que pautar essa anistia do dia 8 de janeiro”, afirmou, mencionando nomes de pessoas presas em decorrência dos atos antidemocráticos. “Tantas pessoas que estão injustas. Presas até hoje. É Débora, situação do Ezequiel, lá do Marcos, lá do meu estado de Rondônia, 10 crianças urgentemente.”

Encerrando sua fala, Bagattoli reiterou o compromisso com a mobilização e sugeriu que o ministro Alexandre de Moraes será responsabilizado.


“Nós precisamos vencer essa batalha. Eu tenho certeza que Deus, nós somos cristãos, Deus está junto com nós. Nós vamos vencer essa batalha e o Alexandre de Moraes ele vai ter que pagar ele pelos crimes que ele cometeu em cima de tantas pessoas que ele condenou injustamente, injustamente.”

O senador concluiu com um apelo religioso e reafirmou a continuidade do movimento: “Deus está conosco, vai nos abençoar e nós não vamos desistir, nós não vamos sair daqui até que nos seja colocado principalmente o impítima do Alexandre Moraes e também a mentira do dia 8 de janeiro.”

Fonte: Rondônia Dinâmica
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