Porto Velho, RO - O assunto está entre os mais explorados na mídia regional, mas é sempre atual pela sua importância econômica, social e política, não somente para Rondônia, mas também para parte do Mato Grosso, que exporta grãos (soja, milho, café, carne de gado) pelo porto de Porto Velho, no Rio Madeira. A situação dos 700 quilômetros (Corredor da Morte) da principal rodovia federal, a BR-364, que foi terceirizada em fevereiro último, ligando Porto Velho a Vilhena, na divisa com o Mato Grosso, continua em situação de abandono.
No leilão realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o único concorrente, o Consórcio 4M–Opportunity, foi declarado vencedor. A concessão é de 30 anos. Na ocasião, ocorreram reclamações de políticos de Rondônia, na esfera federal, que só “acordaram” para a situação após o leilão, e da população usuária em geral, devido à programação da cobrança de pedágios (sete praças) já a partir do início das obras, com previsão de investimentos acima de R$ 10 bilhões.
Já se passaram mais de 4 meses desde a realização do leilão e as obras não foram iniciadas. No contrato de concessão estão inclusos pouco mais de 170 quilômetros de duplicação e terceiras faixas em locais estratégicos.
Rondônia tem um clima diferenciado de outras regiões. Conta apenas com duas estações climáticas: o Inverno Amazônico (chuvas diárias durante meses) e o Verão Amazônico (seca durante meses). O período atual, iniciado neste mês, permanece até novembro, quando começam as chuvas.
Vários locais do trecho privatizado estão apresentando problemas para o trânsito normal da movimentada rodovia. Em períodos de safra de grãos, a média é de 2,5 mil veículos pesados (carretas, bitrens e treminhões) por dia, além dos veículos de passeio.
A rodovia só foi pavimentada na década de 1980, portanto não tem alicerce em condições de suportar o volume de tráfego atual. Na época, circulavam caminhões trucados; hoje, os veículos de carga transportam mais de 50 mil quilos. O alicerce não tem suporte para o volume de tráfego — e peso — atual, inclusive nas pontes. Algumas apresentaram problemas graves, como as duas de Candeias do Jamari, que estão sendo adequadas à realidade do tráfego — trabalho que deverá ocorrer nas demais pontes ao longo da rodovia.
A terceirização da BR-364 foi sempre muito questionada. O único trecho duplicado é de cerca de 20 quilômetros entre Porto Velho e Candeias do Jamari. Todos os anos o trecho duplicado apresentava buracos, assim como ao longo da rodovia, devido à manutenção deficiente e aos serviços de tapa-buracos mal feitos durante o Verão Amazônico, pois as empreiteiras nunca realizavam um trabalho duradouro — logicamente, com a conivência dos políticos — para garantir os mesmos serviços todos os anos, já que os buracos voltavam após as chuvas.
Há alguns anos, alguém teve a brilhante ideia de entregar ao 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Exército, sediado em Porto Velho, a realização dos trabalhos de recuperação e duplicação da BR-364 no trecho entre Porto Velho e Candeias do Jamari. Até hoje, o trecho continua transitável e sem ocorrência de buracos.
Outra situação sempre citada em matérias envolvendo a BR-364 é a formação de um buraco que cortava a pista em uma curva antes da entrada do Distrito de Triunfo, no trecho entre Porto Velho e Ariquemes. As empreiteiras, todos os anos, tinham serviço garantido, pois a valeta retornava com as chuvas. Em um desses anos, resolveram entregar a obra, de forma emergencial, ao 5º BEC. Os técnicos detectaram uma vertente de água no local, que foi canalizada e, desde então, o problema não retornou.
Em passado não muito distante, a BR-364 foi cortada nas duas pistas na ligação entre Porto Velho e Candeias do Jamari, nas imediações do Tênis Clube. Em menos de 24 horas, o 5º BEC improvisou uma ponte emergencial e garantiu o tráfego.
Sabemos que falar sobre o assunto é o mesmo que bater martelo em ferro frio. Certamente quebraremos o cabo ou os braços. Mas fica, novamente, a pergunta que ninguém responde: por que o 5º BEC não realiza as obras de restauração e adequação da BR-364?
A pergunta, nem mesmo Sigmund Freud, criador da psicanálise, conseguiria responder.
Onde estão nossos políticos da bancada federal que ignoram a capacidade técnica e administrativa da competente equipe do batalhão de engenharia do Exército em Porto Velho? A intervenção não necessita de emendas parlamentares, mas sim de ações políticas...
No leilão realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o único concorrente, o Consórcio 4M–Opportunity, foi declarado vencedor. A concessão é de 30 anos. Na ocasião, ocorreram reclamações de políticos de Rondônia, na esfera federal, que só “acordaram” para a situação após o leilão, e da população usuária em geral, devido à programação da cobrança de pedágios (sete praças) já a partir do início das obras, com previsão de investimentos acima de R$ 10 bilhões.
Já se passaram mais de 4 meses desde a realização do leilão e as obras não foram iniciadas. No contrato de concessão estão inclusos pouco mais de 170 quilômetros de duplicação e terceiras faixas em locais estratégicos.
Rondônia tem um clima diferenciado de outras regiões. Conta apenas com duas estações climáticas: o Inverno Amazônico (chuvas diárias durante meses) e o Verão Amazônico (seca durante meses). O período atual, iniciado neste mês, permanece até novembro, quando começam as chuvas.
Vários locais do trecho privatizado estão apresentando problemas para o trânsito normal da movimentada rodovia. Em períodos de safra de grãos, a média é de 2,5 mil veículos pesados (carretas, bitrens e treminhões) por dia, além dos veículos de passeio.
A rodovia só foi pavimentada na década de 1980, portanto não tem alicerce em condições de suportar o volume de tráfego atual. Na época, circulavam caminhões trucados; hoje, os veículos de carga transportam mais de 50 mil quilos. O alicerce não tem suporte para o volume de tráfego — e peso — atual, inclusive nas pontes. Algumas apresentaram problemas graves, como as duas de Candeias do Jamari, que estão sendo adequadas à realidade do tráfego — trabalho que deverá ocorrer nas demais pontes ao longo da rodovia.
A terceirização da BR-364 foi sempre muito questionada. O único trecho duplicado é de cerca de 20 quilômetros entre Porto Velho e Candeias do Jamari. Todos os anos o trecho duplicado apresentava buracos, assim como ao longo da rodovia, devido à manutenção deficiente e aos serviços de tapa-buracos mal feitos durante o Verão Amazônico, pois as empreiteiras nunca realizavam um trabalho duradouro — logicamente, com a conivência dos políticos — para garantir os mesmos serviços todos os anos, já que os buracos voltavam após as chuvas.
Há alguns anos, alguém teve a brilhante ideia de entregar ao 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) do Exército, sediado em Porto Velho, a realização dos trabalhos de recuperação e duplicação da BR-364 no trecho entre Porto Velho e Candeias do Jamari. Até hoje, o trecho continua transitável e sem ocorrência de buracos.
Outra situação sempre citada em matérias envolvendo a BR-364 é a formação de um buraco que cortava a pista em uma curva antes da entrada do Distrito de Triunfo, no trecho entre Porto Velho e Ariquemes. As empreiteiras, todos os anos, tinham serviço garantido, pois a valeta retornava com as chuvas. Em um desses anos, resolveram entregar a obra, de forma emergencial, ao 5º BEC. Os técnicos detectaram uma vertente de água no local, que foi canalizada e, desde então, o problema não retornou.
Em passado não muito distante, a BR-364 foi cortada nas duas pistas na ligação entre Porto Velho e Candeias do Jamari, nas imediações do Tênis Clube. Em menos de 24 horas, o 5º BEC improvisou uma ponte emergencial e garantiu o tráfego.
Sabemos que falar sobre o assunto é o mesmo que bater martelo em ferro frio. Certamente quebraremos o cabo ou os braços. Mas fica, novamente, a pergunta que ninguém responde: por que o 5º BEC não realiza as obras de restauração e adequação da BR-364?
A pergunta, nem mesmo Sigmund Freud, criador da psicanálise, conseguiria responder.
Onde estão nossos políticos da bancada federal que ignoram a capacidade técnica e administrativa da competente equipe do batalhão de engenharia do Exército em Porto Velho? A intervenção não necessita de emendas parlamentares, mas sim de ações políticas...
Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica