
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil.
Porto Velho, RO - O mercado brasileiro de soja teve volumes moderados negociados nesta quinta-feira (8). Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o dia foi marcado por volatilidade, mas sem grande movimentação em termos de volume. A forte queda do dólar pressionou as cotações, ao passo que a Bolsa de Chicago avançou levemente, acompanhada de uma pequena melhora nos prêmios.
A semana segue em ritmo mais lento nos negócios. “O produtor está pedindo um spread mais alto em relação às indicações do comprador, mesmo com o comprador ofertando acima da paridade”, explicou Silveira.
Preços de soja no Brasil
Passo Fundo (RS): manteve em R$ 127,00
Santa Rosa (RS): manteve em R$ 128,00
Porto de Rio Grande (RS): manteve em R$ 133,00
Cascavel (PR): manteve em R$ 128,00
Porto de Paranaguá (PR): manteve em R$ 134,00
Rondonópolis (MT): manteve em R$ 115,00
Dourados (MS): manteve em R$ 119,00
Rio Verde (GO): manteve em R$ 115,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a sessão em alta, com volatilidade ao longo do dia. A perspectiva de uma aproximação entre Estados Unidos e China nas negociações tarifárias e um ambiente de menor aversão ao risco nos mercados financeiros favoreceram a valorização.
Nesta quinta-feira, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou o primeiro grande acordo comercial pós-“liberation day” com o Reino Unido e manifestou otimismo quanto à relação com a China. Uma reunião entre os dois países está marcada para sábado, na Suíça.
O avanço de 3% no preço do petróleo também impulsionou o complexo soja, principalmente o óleo. Além disso, investidores começam a se posicionar para o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima segunda-feira (12), trazendo as primeiras estimativas para a safra 2025/26.
O mercado espera um leve corte na produção norte-americana para 2025/26, projetando 4,325 bilhões de bushels, ante 4,366 bilhões na temporada anterior. Já os estoques de passagem devem cair para 351 milhões de bushels. Para 2024/25, a estimativa atualizada é de 370 milhões, abaixo dos 375 milhões projetados em abril.
USDA
No cenário global, o USDA deve projetar estoques finais de 122,6 milhões de toneladas para 2024/25, levemente acima do número de abril (122,5 milhões). Para a nova safra, a primeira previsão deve indicar 125,3 milhões de toneladas.
A produção brasileira deve ser revisada de 169 milhões para 169,1 milhões de toneladas, enquanto a safra argentina deve subir de 49 para 49,3 milhões.
Contratos futuros de soja
Os contratos da soja em grão com entrega em julho encerraram com alta de 5,75 centavos de dólar, ou 0,55%, a US$ 10,45 por bushel. A posição novembro fechou em US$ 10,25 por bushel, com elevação de 3,00 centavos, ou 0,29%.
Nos subprodutos, o farelo (julho) caiu US$ 0,30 ou 0,10%, a US$ 294,70 por tonelada. O óleo subiu 1,12 centavo ou 2,36%, a 48,45 centavos de dólar por libra-peso.
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia em queda de 1,43%, cotado a R$ 5,6612 para venda e R$ 5,6592 para compra. Ao longo do pregão, a moeda oscilou entre R$ 5,6607 (mínima) e R$ 5,7486 (máxima).
Fonte: Por Safras News