Nova tecnologia é aliada do Instituto de Criminalística de Rondônia na resolução de crimes com armas de fogo

Nova tecnologia é aliada do Instituto de Criminalística de Rondônia na resolução de crimes com armas de fogo

Após a coleta, os projéteis são inseridos em um banco de dados especializado

Porto Velho, RO - O Instituto de Criminalística de Rondônia anunciou um avanço importante com a integração ao Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab). Esse sistema inovador possibilita a correlação precisa entre projéteis e estojos de armas de fogo, uma ferramenta essencial para investigações criminais. De acordo com o Instituto, somente no ano de 2024, três armas apreendidas por porte ilegal foram comprovadamente envolvidas em mais de um crime.

Equipamento usado para disparos em túneis de algodão

Os exames balísticos envolviam disparos em túneis de algodão, anteriormente, o que resultava em longos períodos de busca pelo projétil. Os investimentos do Governo de Rondônia tornaram possível a aquisição, pelo Instituto, de uma câmara de recuperação de projéteis balísticos de última geração, com tecnologia canadense. A ação foi realizada por meio da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) em parceria com Ministério Público. Essa tecnologia proporciona a redução do tempo de busca, permitindo a coleta instantânea de projéteis no momento do disparo.

O perito do Instituto de Criminalística, Aelson Cristiano Nogueira evidenciou que, “com o sistema em funcionamento é possível identificar padrões de armas usadas em diferentes estados, o que nos permite traçar conexões entre crimes ocorridos em locais distantes. Isso nos dá uma visão mais ampla e eficaz na investigação”.

COMO FUNCIONA

Após a coleta, os projéteis são inseridos em um banco de dados especializado, que armazena e analisa os projéteis em seu histórico, o banco de dados do Sistema Nacional de Armas (Senap), onde são comparados com padrões nacionais. Essa análise é então revisada por peritos, fornecendo uma ferramenta crucial para identificar as armas de fogo usadas em crimes.

Cada projétil contém uma característica específica, o microestrilhamento, que é como o DNA. Esses padrões únicos permitem dizer como a arma foi usada, e faz a comparação entre projéteis retirados de locais de crimes e as armas suspeitas. Cada arma tem sua própria identidade balística, tornando possível determinar se um projétil encontrado foi disparado por uma arma específica.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressaltou a importância do investimento em tecnologia de balística, como uma ferramenta crucial para acelerar a resposta às investigações de crimes no Estado. E enfatizou como a tecnologia pode ajudar as autoridades a identificar e rastrear armas de fogo utilizadas em crimes, reforçando a segurança dos rondonienses.

Novo equipamento com tecnologia canadense

O titular da Sesdec, Felipe Bernardo Vital destacou o papel fundamental do uso do equipamento na aceleração das investigações criminais em todo o Estado. “Essa tecnologia avançada capacita os peritos a analisarem rapidamente as evidências balísticas, e agiliza a identificação de armas de fogo utilizadas em crimes, permitindo uma resposta mais eficaz. Esse investimento representa um avanço na busca pela segurança pública e na proteção dos cidadãos de Rondônia”, finalizou.

RESULTADOS

Desde sua aquisição em 2023, mais de 10 crimes foram esclarecidos, devido à capacidade do Instituto de conectar armamentos apreendidos e investigados, inicialmente considerados não relacionados. A ciência e a tecnologia estão desempenhando um papel fundamental na resolução de crimes na Capital, garantindo assim melhorias e segurança para a população.
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