Maioria dos varejistas ainda não correlaciona aspectos ESG à cadeia de fornecimento

Maioria dos varejistas ainda não correlaciona aspectos ESG à cadeia de fornecimento

Estudo da Amcham Brasil em conjunto com a consultoria Humanizadas analisou a adoção de tendências e a prontidão para inovação em 694 empresas de diferentes setores

Porto Velho, RO. O fortalecimento das relações com fornecedores é considerado importante para impulsionar o crescimento por 6 de cada 10 executivos de empresas varejistas. Tão importante quanto a gestão de marca e reputação e a fidelização de clientes.

A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil, Câmara Americana de Comércio para o Brasil, em conjunto com a consultoria de gestão Humanizadas. O estudo anual “Panorama 2024” ouviu diretores, vice-presidentes, presidentes e fundadores de 694 empresas, a maioria de médio e grande porte, de diferentes setores. E analisou a adoção de tendências e a prontidão para inovação.

No entanto, os respondentes parecem não correlacionar o fortalecimento de relações com fornecedores aos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). Apenas dois em cada 10 varejistas que responderam à pesquisa acreditam que o fortalecimento de ações ESG pode impulsionar o crescimento de suas empresas.

Uma estratégia de sustentabilidade robusta, com uma relação próxima e rastreamento da cadeia de fornecedores, regras e treinamentos para ajustes de conduta, pode evitar que as empresas cometam indiretamente ilegalidades e crimes, gerando prejuízos financeiros e à sua reputação. A gestão de relacionamento com fornecedores deve incluir indicadores ESG.

Para 51% dos respondentes da pesquisa da Amcham em parceria com a Humanizadas, a adoção de critérios ESG e as estratégias de sustentabilidade estão entre os fatores que mais impactarão sua organização nos próximos anos. No entanto, entre os temas mais importantes, os executivos consideram a logística e cadeia de suprimentos como baixo potencial de inovação para gerar impacto positivo no negócio e reconhecem que possuem baixa capacidade de execução.


O resultado aponta para a necessidade de aprofundamento dos conhecimentos e conscientização sobre os aspectos ambientais, sociais e de governança que afetam diretamente a reputação, sustentabilidade e sobrevivência dos negócios.

*Publicado por Ligia Tuon


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