Porto Velho, RO - O Instituto Biológico, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), localizado na capital paulista, abriga um vasto cafezal, destacando-se como referência no estudo do comportamento do grão.
O café é uma parte essencial da rotina das pessoas em todo o mundo, muitas vezes sendo o combustível necessário para começar o dia. Segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC), o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, ficando atrás apenas da água.
De acordo com a pesquisa, os brasileiros consomem em média de 3 a 4 xícaras de café por dia, com preferência pelo café expresso, seguido pelo café com leite e cappuccino. Em 2015, a OIC criou o Dia Mundial do Café, celebrado em 14 de abril, com o objetivo de homenagear a bebida, seus produtores e sua importância econômica global.
No estado de São Paulo, a produção de café neste ano foi avaliada em 5,4 milhões de sacas beneficiadas, representando um crescimento de 7,4% em relação a 2023, de acordo com o “Acompanhamento da Safra de Café – 1° Levantamento” da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em nível nacional, a produção deve atingir 58,1 milhões de sacas, um aumento de 5,5% em comparação à safra anterior.
A relação entre o café e o estado de São Paulo não é recente. No final do século XIX e início do século XX, o café emergiu como o principal motor econômico do país, impulsionando a chamada “Era do Café” ou “Ciclo do Café”. São Paulo desempenhou um papel crucial na produção e comércio do café, tornando-se um dos principais polos econômicos do Brasil.
O Instituto Biológico, localizado na Vila Mariana, na capital paulista, abriga o maior cafezal urbano do mundo. “O cafezal do Instituto Biológico foi estabelecido para enfrentar o problema da broca do grão, um inseto que causa danos diretos à produção”, explica Harumi Hojo, pesquisadora científica do instituto.
As primeiras mudas plantadas no IB-APTA na década de 1950, e atualmente o cafezal abriga 8 variedades de café arábica. O local se tornou um espaço de diálogo sobre sustentabilidade, agricultura regenerativa orgânica e estudo do comportamento do café. Desde 2021, o cafezal é um projeto cadastrado no Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). “As pessoas que vêm visitar aqui adquirem muito conhecimento”, acrescenta Harumi.
Além de ser um ambiente de aprendizado e pesquisa, o cafezal oferece a oportunidade de contato com a natureza sem sair da cidade. Com a rotina agitada da metrópole, muitas pessoas não têm tempo para viajar e estar em contato com o meio ambiente, tornando esse espaço uma forma conveniente de interação.
“Uma vez por ano, convidamos o público para participar da experiência de colher café”, revela a pesquisadora. “É uma cultura muito interessante para conhecer, dentro da cidade de São Paulo, sem a necessidade de grandes deslocamentos”, conclui.
Para agendar uma visita, basta preencher um formulário disponível no Instagram do Cafezal Urbano: https://www.instagram.com/cafezalurbanoib/.
Fonte: Por Henrique Almeida