Bola nas costas: nomeação no IBGE mostra desprestígio de Simone Tebet

Bola nas costas: nomeação no IBGE mostra desprestígio de Simone Tebet


Novo presidente do IBGE, subordinado à pasta de Simone Tebet, foi anunciado sem o conhecimento da ministra Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

Porto Velho, RO - A ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi vítima de “bola nas costas” do Palácio do Planalto. Nesta quarta-feira (26), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, anunciou Marcio Pochmann como novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O problema é que Tebet, titular da pasta que o IBGE é vinculado, não sabia da nomeação.

Pouco antes do anúncio de Pochmann, Simone afirmou que o governo sequer havia tratado sobre o assunto e muito menos havia falado disso com o presidente Lula.

“Seria um desrespeito com um presidente que está no IBGE e tem um ciclo que não se encerrou”, disse ao se referir ao atual chefe interino do IBGE, Cimar Azeredo, que conta com a simpatia da ministra.


Marcio Pochmann foi anunciado ao IBGE pelo ministro Paulo Pimenta, que nada tem a ver com o instituto

A estadia de Simone Tebet no governo federal é marcada por polêmica, desgaste e sinais de evidente desprestígio. Já na costura para encaixar a ex-candidata ao Planalto, Tebet sofreu fritura por parte do PT, que não queria Simone em uma pasta com destaque. A pretensão inicial da atual chefe do Planejamento era ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social.

Minada pelo PT na pasta, que exigiu Wellington Dias como “ministro do Bolsa Família”, Tebet quase foi parar no Ministério do Meio Ambiente. Mais uma vez desgastada dentro do próprio governo, com notícias plantadas associando Tebet ao agronegócio, como se isso anulasse a capacidade de gerir a pasta do Meio Ambiente; Tebet perdeu o posto para Marina Silva.

Após muita discussão dentro do governo, Simone Tebet foi alocada no Ministério do Planejamento, com poder esvaziado e trabalhando quase que tutelada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também do PT.

Além do desgaste, Simone precisou de mais de 200 dias de governo para ser recebida em audiência privada de trabalho pelo chefe, o presidente Lula. O primeiro encontro dos dois ocorreu na última segunda-feira (24), conforme registro da agenda oficial do presidente.


Fonte: Por Rodrigo Vilela
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