
O deputado Cirone destacou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar- PNAE estabeleceu que a merenda escolar deve atender no mínimo 30% das necessidades nutricionais diárias dos alunos das creches e escolas indígenas, incluindo as escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos. Já os alunos matriculados em creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental, a merenda escolar deverá atender o mínimo de 20% das necessidades nutricionais respeitando os hábitos alimentares e a vocação agrícola da comunidade. “Diante do aumento nos preços dos alimentos, em razão do aumento dos combustíveis, a Secretaria de Estado da Educação precisa agir para reformular o programa de merenda escolar e elevar de 20% para no mínimo 80% os parâmetros estabelecidos para atender as necessidades nutricionais dos estudantes,” alertou.
Cirone Deiró afirmou que os valores repassados atualmente para as escolas impossibilitam os alunos de receberem uma refeição que atenda o mínimo de suas necessidades nutricionais. O deputado disse que o momento exige a conjugação de esforços por parte da equipe do governo como forma de acolher milhares de alunos das famílias que estão passando por dificuldades financeiras. Segundo o deputado, na maioria das vezes, esses alunos vão para a escola na esperança de receber um prato de comida e estão recebendo uma porção de merenda muito reduzida. “Durante minhas visitas as escolas tenho conversado com diretores, técnicos e as merendeiras. Os relatos são preocupantes, porque as merendeiras estão tendo que colocar mais água no feijão para conseguir servir a merenda escolar para todos os alunos,” denunciou.
“Essa realidade evidencia que a Secretaria de Estado da Educação precisa agir com urgência para a implantação de um programa de alimentação completa para os alunos, incluindo café da manhã e almoço para quem estuda pela manhã e lanche e uma refeição completa para quem estuda no período da tarde,” afirmou. Na avaliação do deputado Cirone, é preciso reconhecer que milhares de famílias tiveram redução na renda e que necessitam do protagonismo da Secretaria de Estado da Educação para atravessar essa fase de alto custo nos preços dos alimentos. Cirone lembrou que o orçamento do estado teve um crescimento de mais de 16%. “O crescimento da arrecadação demonstra que há recursos disponíveis para atender essa nova e urgente demanda em relação ao reforço da alimentação escolar dos alunos. Medida que vai contribuir assegurar o desenvolvimento dos estudantes, melhorar a aprendizagem e o rendimento escolar,” concluiu.