O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc) atendendo a recomendação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), implantou nas escolas, o projeto “Busca Ativa”, com o objetivo de registrar, controlar e acompanhar alunos que estejam fora da escola ou com risco de evasão. Em Guajará-Mirim, professores da Rede Pública de Ensino da Escola Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral, Simon Bolívar, vem intensificando os trabalhos do “Busca Ativa” para que os alunos não desistam do ensino durante a pandemia.
Em abril de 2021, o projeto “Busca Ativa” foi reforçado na escola com o dia “D”, onde professores e equipe técnica, realizaram um dia de mobilização presencial na busca de 16 estudantes que abandonaram as atividades remotas. Segundo a gestora escolar, Liliane da Costa Furlanetto, diante desta situação foi preciso colocar em prática, com expertise, o trabalho pedagógico de buscas aos alunos. “Os estudantes estavam matriculados mas, não ativos nas suas atividades. Esse trabalho acontece desde o ano passado e estamos buscando, estar mais presentes por meio da tutoria, principalmente com esses estudantes”, explica Liliane.
Com as visitas In loco, é possível identificar e realizar o levantamento dos alunos ausentes da plataforma “Classroom” ou “Sala de Aula do Google”, uma ferramenta on-line gratuita que auxilia professores, alunos e escolas para a realização de aulas remotas. Muitos também abdicam de buscar, inclusive às atividades impressas nas unidades escolares, disponíveis para alunos com maiores dificuldades com internet ou equipamentos eletrônicos. “Nós acompanhamos desde a entrega deste material ao estudante, para que ele possa compreender, até o momento do recebimento das atividades, correção do professor, devolutiva. Ações que dão credibilidade à escola, que incluem a família, ações conjuntas que culminam na permanência dos estudantes”, garante a gerente.
Visando a abrangência de comunicação com alunos inativos, a equipe multidisciplinar fez chamamento via rádio no município e utilizaram aplicativo de mensagem para contato com as famílias, para que eles se sentissem mais prestigiados pela escola. “Nossa intenção é fazer com que eles voltem a acreditar que é possível; às vezes eles ficam fora da escola, por 20 ou 30 dias e acham que não tem mais jeito, então o trabalho do tutor é fazer ele acreditar que é possível e o apoio também”.
CAMPANHA VIRTUAL
Para alguns alunos que não tinham acesso algum com a internet, pudessem retornar às aulas, o professor de inglês ,Jean Carlos de Oliveira, se solidarizou e deu início a “Campanha Virtual”, pedindo doações de aparelhos celulares. A ação foi tão positiva que um ex-aluno da escola viu a postagem e contribuiu imediatamente. “Uma das doações foi para um aluno acometido de doença rara. Eu precisava me comunicar com ele, então fiz essa mobilização e com o apoio de muitos colegas conseguimos ajudá-lo e mais alguns alunos. Fico feliz nem tanto pela ideia, mas pelas pessoas que ainda estão dispostas em auxiliar”, descreve o professor.